sábado, 21 de fevereiro de 2009

A Modernidade e a Tradição

A China tem agora um aeroporto dos mais modernos do mundo. Recebi, por e-mail, as fotos. O impressionante do crescimento chinês é que ele consegue aliar o novo ao moderno. Podemos olhar as nações do mundo. Como lidam com o progresso e as tradições. É um desafio aliá-los. Os europeus são adeptos da preservação. Leva-se anos para se efetuar qualquer mudança num país. A União Européia levou uma década para ser construída.
No continente americano, tudo é bem mais ágil. Muitas tradições foram trazidas da Europa, dos países colonizadores. Os países não têm tradições milenares, suficientemente sedimentadas, e, muitas vezes, passam por cima delas em prol da modernidade.
Como modernizar-se, num mundo em que a tecnologia assumiu uma velocidade quase incontrolável, sem esquecer-se das tradições? A China está se propondo a isso. O seu novo aeroporto foi todo projetado seguindo as tradições chinesas, com seus símbolos baseados em seres da natureza - como pássaros - e da fantasia, como dragões.
As tradições é que sustentam a cultura, a cultura é o que sustenta um povo. Sem as tradições e a cultura um povo deixa de ser um povo, e passa a ser apenas um amontoado de gente, sem identidade. É esse amontoado de gente, sem identidade, que, muitas vezes, provocam guerras.
Nos últimos séculos foi a Europa quem comandou o mundo. A excesso de guerras e o surgimento do novo continente, dividiram o poder, no século XX, com uma pendência maior para a América do Norte - leia-se EUA. Desde o final do século XX, a China vem se estabelendo como uma terceira via. O acelerado crescimento da economia promoveram uma grande modernização - e uma grande poluição - em suas cidades. Mesmo assim, a China cresce respeitando as suas milenares tradições.
É exemplo para países como o Brasil, e cidades como Salvador onde nem as baianas de acarajé usam mais os seus trajes típicos. No Mercado Modelo, os produtos chineses invadem as barracas, tirando o espaços dos baianos. Até no Carnaval, músicas tradicionais, como o frevo e o axé estão abrindo espaço para o techno, o samba, etc; em blocos de pessoas como Eliana, Belo Exalta Samba, que nunca souberam o que é o Carnaval baiano. É o Brasil, que desde sempre entrega suas riquezas aos "estrangeiros" e abre os portos às nações, nem sempre amigas.
A China respeita as suas tradições, e cresce. Poderia também respeitar o meio-ambiente e as tradições alheias, devolvendo o Tibete ao seu verdadeiro povo.

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